segunda-feira, 31 de maio de 2010
"(...)Levitei muito acima do asfalto, eu e a felicidade!"
"E afinal ela quer me entregar ou não quer? Um beijo letal e some no espaço e afinal de onde vem, será que tem mais também? Não ouço sinal ninguém nesse rádio, ela entrou numa astronave o seu sonrisal capsular, circular sensual de longe chegou habitante de Marte, depois de morder me deu um soco e assoprou, depois de comer lavou suas mãos e enxugou e eu não passo de um brinquedo desmontável, mas no meu quintal desceu essa nave de Vênus, vestida de noiva de véu e grinalda e sem explicar eu olhei para baixo e vi no terreiro um trevo de cinco folhas que é muito mais raro e eu entrei numa astronave e sem avental, sem sapato ou gravata flutuei, levitei muito acima do asfalto, eu e a felicidade, que depois de me ver mostrou seu rosto e acenou, depois disse adeus, beijou minha boca e abençoou, ela não passa de um desejo inflamável natural é ter um trabalho, um salário, um emprego, nome confiável, respeito na praça, mas afinal o que é felicidade? É sossego nesse mundo pequeno de tempo e espaço, ela só vem dizer que quem nasceu já conquistou o reino de Deus, é um direito, não é um milagre!"
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