domingo, 15 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
Faz que me mata, e se não mata fere...
Quanto querer
Cabe em meu coração.
Me faz sofrer
Vai... Sem me dizer
Na casa da paixão
Sai... Quando bem quer
Traz uma praga
E me afaga a pele.
Crescei, luar
Prá iluminar as trevas
Fundas da paixão.
Eu quis lutar
Contra o poder do amor
Cai nos pés do vencedor
Para ser o serviçal
De um samurai
Mas eu tô tão feliz!
Dizem que o amor
Atrai...
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Sou cada pedaço infernal de mim.
Eu me erguerei cantando,
Saudando a vida
Com meu corpo de cavalo jovem.
E numa louca corrida
Entregarei meu ser ao ser do Tempo
E a minha voz à doce voz do vento.
Despojado do que já não há
Solto no vazio do que ainda não veio,
Minha boca cantará
Cantos de alívio pelo que se foi,
Cantos de espera pelo que há de vir."
Janta
domingo, 8 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
Recebe menos quem mais tem pra dar
Deixa assim, por favor
Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade, vamos manter a amizade."
Alento
terça-feira, 3 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Trajetória
Pra que forçar tanto a memória
Pra dizer
Que a triste hora do fim se faz notória
E continuar a trajetória
É retroceder
Não há no mundo lei que possa condenar
Alguém que a um outro alguém deixou de amar
Eu já me preparei, parei para pensar
E vi que é bem melhor não perguntar
Porque é que tem que ser assim
Ninguém jamais pôde mudar...
Meneghini
"...E todos somos pura flor de vento."
sexta-feira, 30 de julho de 2010
As formas
Amor é jardim.
Amor enche de erva daninha.
Amizade também, todas as formas de amor."
quinta-feira, 29 de julho de 2010
...Eu não entendo
Eu abro a porta para estranhos
Eu cumprimento
Eu quero aquilo que não tenho
Eu tenho tanto a fazer
Eu faço tudo pela metade
Eu não não percebo
Eu falo muito palavrão
Eu falo muito mal
Eu falo muito mesmo sem saber o que estou falando
Eu falo muito bem, eu minto."
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Mais que a mim

Realismo na sua consciência.
Sentindo...Ausente da sociedade.
Sensibilizar o básico da vida.
Usufruir do sentimento até ter prazer.
Reagindo á sua natureza sentimental.
Reflectindo e admirando os seus sentidos.
Ter o ego cristalino e seguro de si mesmo.
Transparência e pureza nos seus sentidos.
Saber onde se encontra o clímax do sentimento.
Ter a paciência necessária aos seus atributos.
É não abdicar da sua concentração do momento.
Ter a intuição do termo do sentido do sentimento.
Ter a coragem de o sentimento de si, abordar os sentimentos da sua consciência.
Ter a ousadia de sentir, o que a sociedade não sente.
Construir alicerces para uma imensa sensibilidade.
Dominar o fascínio da sensibilidade alheia.
Meditar neles próprios para os fortalecer.
Ter uma clareza de expressão para diminuir a complexidade do sentimento em causa.
Respeitar as necessidades básicas de sentir o sentimento.
Induzir as emoções para sentimentos controlados.
Ter comportamentos adequados a cada tipo de sentimento.
Encontrar a estabilidade necessária no seu espaço sentido.
Senti-los como histórias sem palavras.
Depende da aprendizagem da emoção com a ajuda do corpo.
Com uma ligação obrigatória dos sentimentos ao corpo.
Procurar o substrato do sentimento de fundo e colocá-lo na consciência.
Limitar a inconsciência através do sentimento.
Transitando da inocência e da ignorância, para o conhecimento e para a pessoalidade.
Desenvolvendo um interesse por outros sentimentos e cultivando a arte de sentir.
Permanecer sempre convicta da sua subtileza sentimental.
Abordar com respeito a sua dignidade e estatura e com ternura pela sua fragilidade.
Ter conhecimento de que temos um sentimento.
Estar consciente da emoção e do sentimento que se estão a desenvolver.
Detectar os sentimentos que não são conscientes.
Construindo pontes entre a emoção e a consciência.
Colocando a emoção no corpo e a razão no sentimento.
Respeitando a distinção entre emoção e sentimento.
Observando um sentimento alheio, enquanto Consciente.
Encontrando o limiar que separa o ser do conhecer sentimental.
Conhecendo as circunstâncias que conduzem a uma emoção.
Confiando nas emoções, que são o barómetro do nosso bem-estar.
Suprimindo as emoções e conservar os sentimentos.
Educando as nossas emoções, reflectindo no insucesso de sentimentos anteriores.
Detectando as emoções de fundo que nos rodeiam.
Identificar as origens das Emoções.
Mostrando originalidade no momento e não esquecendo o anterior.
Evitando controlar o controlo dos sentimentos.
Confiando sempre na essência do seu próprio sentimento.
domingo, 25 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Do lado de cá
Ponha o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá,
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
A vida é agora, vê se não demora.
Pra recomeçar é só ter vontade de felicidade pra pular
Me deixas louca
E quando escuto o som alegre do teu riso
Que me dá tanta alegria, me deixas louca
Me deixas louca quando vejo mais um dia
Pouco a pouco entardecer
E chega a hora de ir pro quarto e escutar
As coisas lindas que começas a dizer
Me deixas louca
Quando me pedes por favor que nossa lâmpada se apague
Me deixas louca
Quando transmites o calor de tuas mãos
Pro meu corpo que te espera e deixas louca
E quando sinto que teus braços se cruzaram em minhas costas
Desaparecem as palavras, outros sons enchem o espaço
Você me abraça, a noite passa
E me deixas louca..."
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Coração e mundo
E estremece em mim o mundo.
(...) Sou caleidoscópica: fascinam-me
As minhas mutações faiscantes que
Aqui caleidoscopicamente registro.
Sou um coração batendo no mundo."
Da observação
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio..."
Só as mães são felizes
nunca viu um milagre
nunca chorou sozinha num banheiro sujo
nem nunca quis ver a face de Deus."
Hás de ver
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Lua adversa
Fases de andar escondida,
Fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
Tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
No secreto calendário que
Um astrólogo arbitrário inventou
Para meu uso. E roda a melancolia
Seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu não
É dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
O outro desapareceu..."
Dois ou três almoços, uns silêncios.

Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.
Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.
Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível". Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.
De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia.
Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.
Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome."
terça-feira, 20 de julho de 2010
Miedo
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
domingo, 18 de julho de 2010
Suas cretinas, pensou.
Suas cretinas encantadoras.
Não me façam feliz. Por favor, não me saciem nem me deixem pensar que alguma coisa boa pode sair disso. Olhem para meus machucados. Olhem para este arranhão. Estão vendo o arranhão dentro de mim? Estão vendo ele crescer bem diante dos seus olhos, me corroendo? Não quero ter esperança de mais nada..."
terça-feira, 13 de julho de 2010
Egoísmo
domingo, 11 de julho de 2010
Chutei o balde
Uma paixão louca cairia bem, daquelas que te tiram o fôlego e que no fundo seja a coisa mais verdade que você já viveu. Aquela paixão que te deixe com os pés fora do chão e que te conte segredos loucos, daqueles que você só ouve uma vez na vida. Uma paixão, aquela que da uma sacudida na sua vida e te tira todos os males, todas as pragas, todos os erros que te faça esquecer que amanhã é outro dia...
E que problemas estão por vim, eu procuro uma paixão daquela 'nunca vivida ou já vista, nem comentada' seja homem ou mulher, seja grande ou pequeno, seja branco ou negro, pobre ou rico... Só procuro uma paixão
Procura-se uma paixão!
Será que existe?
sábado, 10 de julho de 2010
Love the way you lie
domingo, 4 de julho de 2010
Stand by me
quarta-feira, 30 de junho de 2010
[J.E]
Ou será que fui eu que ali entrei
Sem sequer pedir a menor licença?
Ela de batom caqui
Com os olhos olhava o quê? Eu não sei
Olhos de águas vindas
De outros oceanos
Ela me olhou - Quem?
Quem sabe com ela
Eu teria as tardes
Que sempre me passaram
Como imagens, como invenção.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Uma Mensagem
Minha canção é amor, amor para aqueles que nunca o viram e assim se segue você não precisa ficar só, seu coração pesado é feito de pedra e é muito difícil enxergar com clareza, você não precisa ficar sozinha e eu não vou retirar [o que eu disse] nem dizer que não era o que eu pretendia, você é o alvo em que eu estou mirando e eu não sou nada sozinho, eu levarei essa mensagem para casa. Minha canção é amor, minha canção é amor desconhecido e eu estou nitidamente apaixonado por você, você não precisa ficar só.
E eu não vou ficar aqui e esperar, não vou deixar até que seja tarde demais em uma plataforma, ficarei de pé e direi que eu não sou nada sozinho
"E eu amo você, por favor venha para casa"
Eu e os dez milhões de vagalumes
Você não acreditaria em seus olhos se dez milhões de vagalumes acendessem o mundo quando eu caísse no sono. Porque eles enchem o ar livre e deixam lágrimas em toda parte. Você pensaria que sou rude, mas eu só iria ficar parado e olhar.
Pois eu ganharia mil abraços de dez mil vagalumes quando eles fossem tentar me ensinar a dançar. Um foxtrote na minha cabeça, um concurso de dança embaixo da minha cama, um globo espelhado está pendurado por um fio.
Eu queria me fazer acreditar que a Terra gira devagar. É difícil dizer que eu preferiria estar acordado quando estou adormecido, pois nada é o que parece.
Deixe a minha porta aberta só uma fresta (por favor, me tire daqui), pois me sinto como um insone (por favor, me tire daqui) por que eu me canso de contar carneirinhos? (por favor, me tire daqui) quando eu estou cansado demais para cair no sono.
Para dez milhões de vagalumes eu sou estranho porque eu detesto despedidas. Eu tenho olhos embaçados enquanto ele dizem adeus. Mas eu saberei onde muitos deles estarão, se meus sonhos ficarem realmente bizarros pois eu guardaria alguns e os colocaria em uma jarra.
Eu queria me fazer acreditar que a Terra gira devagar. É difícil dizer que eu preferiria estar acordado
quando estou adormecido porque meus sonhos estão explodindo.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Beloved One
Eu não quero ver você fumando ópio pra sarar a dor
Eu não quero ver você chorar veneno
Não quero beber o teu café pequeno
Eu não quero isso, seja lá o que isso for
Eu não quero aquele, eu não quero aquilo,
Peixe na boca do crocodilo
Braço na Vênus de Milo acenando tchau.
Não quero medir a altura do tombo
Nem passar agosto esperando setembro
Se bem me lembro
O melhor futuro, este hoje escuro
O maior desejo da boca é o beijo
Eu não quero ter o tejo me escorrendo das mãos
Quero a Guanabara, quero o rio Nilo,
Quero tudo ter estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo, água e sal
Nada tenho, vez em quando tudo
Tudo quero mais ou menos quanto
Vida, vida noves fora zero
Quero viver, quero ouvir, quero ver
se é assim, quero sim... acho que vim pra te ver
Cavalos selvagens
Todo o meu corpo é uma grande pradaria e meu amor é como os cavalos selvagens que correm livres por estes prados. Como se pode frear cavalos selvagens? Como fazer eles ficarem impassíveis, se prenderem e se auto-mutilarem com a inércia diante da liberdade? Não se consegue frear cavalos selvagens, assim como não se pode frear meu amor. Algo assim é atentar contra a natureza da coisa, é como pedir para o sol parar de queimar, é gritar para a lua: És horrenda! Estando encantado por sua beleza. Percebes a tolice disso... É oco. É vazio. É falso. É inútil. Não se consegue frear cavalos selvagens. Não se diz para a natureza de todas as coisas para que elas sejam diferentes daquilo que elas realmente são. O sol não pode parar de queimar, como jamais a lua deixará de ser encantadora, ser bela é a sua vocação natural. Não me peças, portanto, para frear o desejo que sinto por você. Pode-se frear uma vida, tirando-a a bel prazer, mas o amor é dotado de vontade própria ele vem e vai conforme seu desiderato, sem domínios, sem arreios, sem freios, sem donos, assim como os cavalos selvagens que correm livres pelas pradarias..."
Wonderwall
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Gigantes
Não esconda os seus defeitos, eu os conheço mais do que você
E não importa a ferida um dia a gente se engana e a dor acredita
mero coração talvez nem tão grandes,
Mas fortes o bastante pelo menos pra se arrepender...
Mas eu estou aqui.
"E o hábito de sofrer, que tanto me diverte..."
devagar como uma borboleta
suja sobre este jardim de trapos
esgarçados em cujas malhas se
prendem e se perdem os restos
coloridos da vida que se leva.
Vida? Bem, seja lá o que for isto
que temos..."
terça-feira, 22 de junho de 2010
Esvair, virou pó
que sempre me sujeitou
aos seus encantos,
conservava
até nos murmúrios
sonoridades tão quentes,
acentos tão cheios de ternura
que eu chorava de satisfação
com a cabeça
apoiada ao teu peito.
O segredo das abelhas
Acredito que os olhos são fracos, se enganam com facilidade.

segunda-feira, 21 de junho de 2010
Tanta coisa em comum deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer me dá um medo, que medo
(...) E até o tempo passa arrastado só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor se abre e acaba comigo
E nessa novela baby eu não quero ser teu amigo..."
J
domingo, 20 de junho de 2010
Eis o melhor e o pior de mim
Eu não sou difícil de ler...
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
sábado, 19 de junho de 2010
Gilzete
E na hora do meu desespero gritar por você
Te pedir que me abrace e me leve de volta pra casa
E me conte uma história bonita e me faça dormir
Só queria ouvir sua voz me dizendo sorrindo
Aproveite o seu tempo você ainda é um menino
Apesar de distância e do tempo eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso escutar de você
Me conta uma história
Me faça dormir... Me abrace forte.
Que só gente grande é que tem me afagando os cabelos
Você certamente diria amanhã de manhã você vai se sair muito bem
Quando eu era criança podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita na minha aflição
Nos momentos alegres sentado ao seu lado, eu sorria
E, nas horas difíceis podia apertar sua mão
Muito embora você sempre acha que eu ainda sou
Toda vez que eu te abraço e te beijo sem nada dizer
Você diz tudo que eu preciso escutar de você....
Existem 3 coisas...
"Que nunca voltam... A flecha lançada... A palavra pronunciada e a oportunidade perdida!!"
O dia em que júpiter encontrou saturno
Não que estivesse triste, só não sentia mais nada.
Levemente, para não chamar atenção de ninguém, girou o busto sobre a cintura, apoiando o cotovelo direito sobre o peitoril da janela. Debruçou o rosto na palma da mão, os cabelos lisos caíram sobre o rosto. para afastá-los, ela levantou a cabeça, e então viu o céu tão claro que não era o céu normal de Sampa, com uma lua quase cheia e Júpiter e Saturno muito próximos. Vista assim parecia não uma moça vivendo, mas pintada em aquarela, estatizada feito estivesse muito calma, e até estava, só não sentia mais nada, fazia tempo. Quem sabe porque não evidenciava nenhum risco parada assim, meio remota, o moço das calças brancas veio se aproximando sem que ela percebesse.
Parado ao lado dela, vistos de dentro, os dois pintados em aquarela - mas vistos de fora, das janelas dos carros procurando bares na avenida, sombras chinesas recortadas contra a luz vermelha.
E de repente o rock barulhento parou e a voz de John Lennon cantou every dau, every way is getting better and better. Na cabeça dela soaram cinco tiros. Os olhos subitamente endurecidos da moça voltaram-se para dentro, esbarrando nos olhos subitamente endurecidos dos moço. As memórias que cada um guardava, e eram tantas, transpareceram tão nitidamente nos olhos que ela imediatamente entendeu quando ele a tocou no ombro.
-Você gosta de estrelas?
-Gosto. Você também?
-Também. Você está olhando a lua?
-Quase cheia. Em Virgem.
-Amanhã faz conjunção com Júpiter.
-Com Saturno também.
-Isso é bom?
-Eu não sei. Deve ser.
-É sim. Bom encontrar você.
-Também acho.
(Silêncio)
-Você gosta de Júpiter?
-Gosto. Na verdade "desejaria viver em Júpiter onde as almas são puras e a transa é outra".
-Que é isso?
-Um poema de um menino que vai morrer.
-Como é que você sabe?
-Em fevereiro, ele vai se matar em fevereiro.
(Silêncio)
-Você tem um cigarro?
-Estou tentando parar de fumar.
-Eu também. Mas queria uma coisa nas mãos agora.
-Você tem uma coisa nas mãos agora.
-Eu?
-Eu.
(Silêncio)
-Como é que você sabe?
-O quê?
-Que o menino vai se matar.
-Sei de muitas coisas. Algumas nem aconteceram ainda.
-Eu não sei nada.
-Te ensino a saber, não a sentir. Não sinto nada, já faz tempo.
-Eu só sinto, mas não sei o que sinto. Quando sei, não compreendo.
-Ninguém compreende.
-Às vezes sim. Eu te ensino.
-Difícil, morri em dezembro. Com cinco tiros nas costas. Você também.
-Também, depois saí do corpo. Você já saiu do corpo?
(Silêncio)
-Você tomou alguma coisa?
-O quê?
-Cocaína, morfina, codeína, mescalina, heroína, estenamina, psilocibina, metedrina.
-Não tomei nada. Não tomo mais nada.
-Nem eu. Já tomei tudo.
-Tudo?
-Cogumelos têm parte com o diabo.
-O ópio aperfeiçoa o real
-Agora quero ficar limpa. De corpo, de alma. Não quero sair do corpo.
(Silêncio)
-Acho que estou voltando. Usava saias coloridas, flores nos cabelos.
-Minha trança chegava até a cintura. As pulseiras cobriam os braços.
-Alguma coisa se perdeu.
-Onde fomos? Onde ficamos?
-Alguma coisa se encontrou.
-E aqueles guizos?
-E aquelas fitas?
-O sol já foi embora.
-A estrada escureceu.
-Mas navegamos.
-Sim. Onde está o Norte?
-Localiza o Cruzeiro do Sul. Depois caminha na direção oposta.
(Silêncio)
-Você é de Virgem?
-Sou. E você, de Capricórnio?
-Sou. Eu sabia.
-Eu sabia também.
-Combinamos: terra.
-Sim. Combinamos.
(Silêncio)
-Amanhã vou embora para Paris.
-Amanhã vou embora para Natal.
-Eu te mando um cartão de lá.
-Eu te mando um cartão de lá.
-No meu cartão vai ter uma pedra suspensa sobre o mar.
-No meu não vai ter pedra, só mar. E uma palmeira debruçada.
(Silêncio)
-Vou tomar chá de ayahuasca e ver você egípcia. Parada do meu lado, olhando de perfil.
-Vou tomar chá de datura e ver você tuaregue. Perdido no deserto, ofuscado pelo sol.
-Vamos nos ver?
-No teu chá. No meu chá.
(Silêncio)
-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
-Vou te escrever carta e não te mandar.
-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
-Vou ver Saturno e me lembrar de você.
-Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.
-O tempo não existe.
-O tempo existe, sim, e devora.
-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
(Silêncio)
-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.
-Linhas paralelas se encontram no infinito.
-O infinito não acaba. O infinito é nunca.
-Ou sempre.
(Silêncio)
-Tudo isso é muito abstrato. Está tocando "Kiss, kiss, kiss". Por que você não me convida para dormirmos juntos.
-Você quer dormir comigo?
-Não.
-Porque não é preciso?
-Porque não é preciso.
(Silêncio)
-Me beija.
-Te beijo.
Foi a última pessoa que viu ao sair. Tão bonita que ele baixou os olhos, sem saber sabendo que ela também o tinha visto. Desceu pelo elevador, a chave do carro na mão. Rodou a chave entre os dedos, depois mordeu leve a ponta metálica, amarga. Os olhos fixos nos andares que passavam, sem prestar atenção nos outros que assoavam narizes ou pingavam colírios. Devagarinho, conquistou o espaço junto à porta. Os ruídos coados de festas e comandos da madrugada nos outros apartamentos, festas pelas frestas, riu sozinho. Ria sozinho quase sempre, um moço queimado de sol, com a barra branca das calças descosturadas, querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz.
Mordeu a unha junto com a chave, lembrando dela, uma moça magra de cabelos lisos junto à janela. Baixou outra vez os olhos, embora magro também. E suspirou soltando os ombros, pés inseguros comprimindo o piso instável do elevador. Só porque era sábado, porque estava indo embora, porque as malas restavam sem fazer e o telefone tocava sem parar. Sorriu olhando em volta.
Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo.
Levemente, para não chamar a atenção de ninguém, apertou os dedos da mão direita na porta aberta do elevador e atravessou o saguão de lado, saindo para a rua. Apoiou-se no poste da esquina, o vento esvoaçando os cabelos, e para evitá-lo ele então levantou a cabeça e viu o céu. Um céu tão claro que não era o céu normal de Sampa, com uma lua quase cheia e Júpiter e Saturno muito próximos. Visto assim parecia não um moço vivendo, mas pintado num óleo de Gregório Gruber, tão nítido estava ressaltado contra o fundo da avenida, e assim estava, mas sem compreender, fazia tempo. Quem sabe porque não evidenciava nenhum risco, a moça debruçou-sena janela lá em cima e gritou alguma coisa que ele não chegou a ouvir. Parado longe dela, a moça visível apenas da cintura para cima parecia um fantoche de luva, manipulado por alguém escondido, o moço no poste agitando a cabeça, uma marionete de fios, manipulada por alguém escondido.
De repente um carro freou atrás dele, o rádio gritando "se Deus quiser, um dia acabo voando". Na cabeça dele soaram cinco tiros. De onde estava, não conseguiria ver os olhos da moça. De onde estava, a moça não conseguiria ver os olhos dele. Mas as memórias de cada um eram tantas que ela imediatamente entendeu e aceitou, desaparecendo da janela no exato instante em que ele atravessou a avenida sem olhar para trás.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
O fracasso lhe subiu a cabeça
É meu e é só meu
Sustento sem implorar a benção e o pesar
Mas vil é desdenhar do que não se pode ter
Vive tão disperso
Olha pros lados demais
Não ve que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça
Atribui ao outro a culpa por não ter mais
Quem aponta o traidor
É quem foi traído
Já sabe o que é cair
Ao menos tentou ficar de pé
E vítima de si, despreza o que nunca vai ter
Mais verde é sempre além do que se pode ver
Vive tão disperso
terça-feira, 15 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Fé no que virá, Beloved One
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
domingo, 13 de junho de 2010
Livre-se
"Mas hoje sei, que isso se chama... Amor-Próprio"
Ana
Basta-me um pequeno gesto, feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve..."
sábado, 12 de junho de 2010
Afago
"Posso desaparecer:
Por um minuto...
Por um dia...
Por um mês...
Mas estarei sempre por perto!
Posso até não te dizer:
Bom-dia...
Boa-tarde...
Boa-noite...
Mas nunca te direi
Adeus!
Sabes por quê?
Porque os verdadeiros amigos
Nunca se esquecem...
E tu estarás sempre no meu coração!"
O verdadeiro amigo!
Live Forever
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Egoísmo? É talvez!
Aqui no meu peito, um sufoco,
Uma sede, um peso, não me
Venha com essas histórias de
Atraiçoamos-todos-os-nossos-
Ideais, nunca tive porra de ideal
Nenhum, só queria era salvar a
Minha, veja só que coisa mais
Individualista elitista, capitalista, só
Queria ser feliz, cara.
Você não sabe
Não fale mais do futuro não fique aí pensando que eu giro em torno do seu mundo não vamos mais se enganar tem marcas nessa vida que o tempo não vai apagar..."





