Todo o meu corpo é uma grande pradaria e meu amor é como os cavalos selvagens que correm livres por estes prados. Como se pode frear cavalos selvagens? Como fazer eles ficarem impassíveis, se prenderem e se auto-mutilarem com a inércia diante da liberdade? Não se consegue frear cavalos selvagens, assim como não se pode frear meu amor. Algo assim é atentar contra a natureza da coisa, é como pedir para o sol parar de queimar, é gritar para a lua: És horrenda! Estando encantado por sua beleza. Percebes a tolice disso... É oco. É vazio. É falso. É inútil. Não se consegue frear cavalos selvagens. Não se diz para a natureza de todas as coisas para que elas sejam diferentes daquilo que elas realmente são. O sol não pode parar de queimar, como jamais a lua deixará de ser encantadora, ser bela é a sua vocação natural. Não me peças, portanto, para frear o desejo que sinto por você. Pode-se frear uma vida, tirando-a a bel prazer, mas o amor é dotado de vontade própria ele vem e vai conforme seu desiderato, sem domínios, sem arreios, sem freios, sem donos, assim como os cavalos selvagens que correm livres pelas pradarias..."
Wonderwall
Nenhum comentário:
Postar um comentário